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Um suposto incidente de intolerância religiosa teria sido registrado na tarde de segunda-feira (25) no Cemitério de Linha Anta, localizado no município de Içara, Sul catarinense. A vítima, uma sacerdotisa identificada como Giulia de Oxum, que pratica uma religião afro-brasileira, alega ter sido alvo de hostilidades e ameaças por parte de um grupo de pessoas enquanto realizava rituais religiosos permitidos pela legislação local.
De acordo com a suposta vítima, durante a realização de ritos religiosos, ela foi verbalmente atacada por um grupo de mulheres e um homem que a acusavam de realizar práticas negativas e de deixar sujeira no local, apesar de ela afirmar estar portando todos os resíduos em uma sacola, exceto materiais biodegradáveis como velas e farinha.
Giulia, acompanhada por uma filha de santo, teria registrado em vídeo o momento de tensão, quando se sentiu acuada e ameaçada. Ela menciona que este não seria um incidente isolado, apontando para um padrão de hostilidade e discriminação contra adeptos de religiões afro, mesmo em espaços onde essas práticas são legalmente permitidas.
O episódio levanta questões sobre a eficácia das leis contra a intolerância religiosa e o respeito à diversidade de crenças. A sacerdotisa expressa frustração com a suposta discrepância entre o ideal de uma sociedade pluralista e as atitudes de alguns indivíduos, clamando por um posicionamento mais firme das autoridades locais contra a suposta intolerância.
Moradores relataram que alguns visitantes do cemitério, ao realizarem rituais religiosos, deixam resíduos como alimentos perecíveis, que acabam atraindo moscas e gerando mau cheiro, uma questão que já foi observada em outras ocasiões.
Até o momento, não há declarações oficiais da Prefeitura de Içara ou de representantes legais sobre o suposto incidente.