Presidente Lula se reúne com irmãos Joesley e Wesley Batista no Planalto

Segundo o governo, o foco da reunião é o impacto das enchentes do Rio Grande do Sul no setor produtor de proteína animal

Presidente Lula se reúne com irmãos Joesley e Wesley Batista no Planalto

Divulgação

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Nesta segunda-feira (27), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recebeu no Palácio do Planalto os irmãos Joesley e Wesley Batista, membros do conselho de administração da JBS, além de representantes de importantes associações do setor de proteína animal. A pauta principal da reunião foi discutir os impactos das recentes enchentes no Rio Grande do Sul sobre a indústria de proteína animal.

Entre os presentes estavam também líderes da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) e da Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo). O encontro visa traçar estratégias conjuntas para mitigar os efeitos adversos das enchentes na produção e na exportação de carne.

Esta não é a primeira vez que Lula se encontra com os irmãos Batista neste ano. Em abril, o presidente visitou uma instalação de processamento de carne da JBS, elogiando a contribuição dos empresários para a economia brasileira. No entanto, a figura de Wesley Batista foi notavelmente ausente das fotos do evento.

A reunião também marca um ponto significativo na trajetória dos irmãos Batista, que retornaram ao conselho de administração da JBS este ano, após se afastarem em 2017 devido a um escândalo de corrupção. Eles foram centrais na Operação Lava Jato, onde Joesley gravou uma conversa comprometedora com o então presidente Michel Temer (MDB), levando a prisões temporárias e a um acordo de delação premiada.

Além disso, os irmãos confessaram em delações em 2017 que importantes figuras políticas, como os ex-ministros Guido Mantega e Antonio Palocci, assim como o ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, receberam propinas da JBS. Esses delitos se estenderam também a campanhas eleitorais de 2014, envolvendo tanto Dilma Rousseff (PT) quanto Aécio Neves (PSDB).

O ano passado também viu a suspensão de uma multa bilionária imposta à JBS pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Antônio Dias Toffoli, reforçando a contínua presença da empresa nos círculos políticos e judiciais do país.