Alexandre de Moraes afirma que não há provas que Bolsonaro pediria asilo à Hungria

Ministro seguiu o entendimento da Procuradoria-Geral da República e mandou arquivar ação contra ex-presidente

Alexandre de Moraes afirma que não há provas que Bolsonaro pediria asilo à Hungria

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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta quarta-feira (24) que não existem evidências suficientes de que o ex-presidente Jair Bolsonaro tentou solicitar asilo durante sua estadia na Embaixada da Hungria, em Brasília, ocorrida em fevereiro deste ano. O episódio foi amplamente divulgado pelo jornal The New York Times, que mencionou a presença de Bolsonaro na embaixada entre os dias 12 e 14 de fevereiro.

De acordo com Moraes, a permanência de Bolsonaro na embaixada não configura uma violação da medida cautelar que o impede de deixar o país. "Não há elementos concretos que indiquem efetivamente que o investigado pretendia a obtenção de asilo diplomático para evadir-se do país e, consequentemente, prejudicar a investigação criminal em andamento", afirmou o ministro.

Apesar dessa conclusão, Moraes decidiu manter a apreensão do passaporte do ex-presidente, além de sustentar a proibição de sua saída do território nacional. Essas medidas foram originalmente impostas após Bolsonaro ser alvo de uma operação de busca e apreensão durante a Operação Tempus Veritatis, que investiga a tentativa de golpe de Estado no Brasil após as eleições de 2022.

O jornal The New York Times também relatou que Bolsonaro visitou a embaixada durante um período em que a maior parte dos funcionários estava de férias devido ao feriado de carnaval. Imagens de segurança indicam que o ex-presidente chegou na tarde do dia 12 e partiu no dia 14, enquanto a embaixada estava praticamente vazia, exceto pela presença de alguns diplomatas húngaros residentes.

Bolsonaro, que tem uma relação de proximidade com o primeiro-ministro húngaro Viktor Orbán, visitou Budapeste em 2022, onde foi recebido pelo líder húngaro. Ambos são conhecidos por trocarem elogios públicos frequentes e compartilharem afinidades políticas.