O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) celebra a decisão de retomar as obras na Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, com um investimento de aproximadamente R$ 12 bilhões destinados às empresas Andrade Gutierrez e Novonor, anteriormente conhecida como Odebrecht.

Ambas as construtoras estiveram envolvidas no escândalo de corrupção revelado pela Operação Lava Jato, que teve a refinaria como um dos principais focos de investigação.

A Refinaria Abreu e Lima, cujo custo já atingiu cerca de R$ 90 bilhões, é objeto de análise do Tribunal de Contas da União (TCU) devido aos desafios enfrentados em sua execução. A Petrobras, estatal responsável pelo projeto, recebeu propostas para sete lotes da obra, visando à conclusão do segundo trem de produção de combustíveis. O processo, no entanto, ainda depende de negociações, já que as ofertas apresentadas superam os R$ 8 bilhões inicialmente previstos para o investimento.

A Andrade Gutierrez, através de sua controlada Consag, apresentou as melhores propostas para contratos no valor de R$ 3,76 bilhões. Já a Novonor, por meio da Tenenge, liderou as propostas para três lotes, totalizando R$ 5,2 bilhões. Outros dois lotes foram atribuídos à Conenge, com uma oferta de R$ 1,9 bilhão. No total, as propostas recebidas pela Petrobras somam quase R$ 11 bilhões, excedendo em R$ 3 bilhões o valor estimado pelo presidente da estatal, Jean Paul Prates, durante o anúncio da retomada das obras.

A cerimônia de retomada das obras contou com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A Petrobras defende que o projeto de conclusão das obras é economicamente viável e apresenta retorno positivo. 

Segundo Mariana Cavassin, gerente de projetos de Desenvolvimento da Produção da companhia, o projeto passou por uma rigorosa avaliação econômica dentro da estatal, buscando a melhor solução para a situação atual da obra.

Apesar da polêmica gerada pela situação, a assessoria do presidente Luiz Inácio Lula da Silva não se pronunciou sobre o anúncio da retomada das obras da Refinaria Abreu e Lima e o envolvimento das empresas Andrade Gutierrez e Novonor no projeto.

 Com informações de Folha de São Paulo