Petrobrás anuncia gerente executivo demitido por corrupção como interino

Luís Fernando Nery foi demitido em 2019 devido a suspeitas de corrupção

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Na manhã desta quarta-feira (1º), a Petrobras anunciou a nomeação de Luís Fernando Nery como gerente executivo interino da área de Comunicação da empresa. Nery, demitido em 2019 devido a suspeitas de corrupção, administrará um orçamento aproximado de R$ 150 milhões destinado a publicidade, comunicação e patrocínios.

A nomeação de Nery não é isenta de polêmicas. Em 2019, uma investigação interna da Petrobras apontou que ele estava envolvido em desvios de verbas de publicidade e eventos, resultando em sua demissão. O comitê de conformidade da estatal já havia barrado uma tentativa anterior de nomeá-lo para a mesma posição em abril deste ano.

Contornando as restrições do comitê de conformidade, o CEO da Petrobras, Jean Paul Prates, designou Nery como assessor especial da presidência, posição que não exige aprovação do comitê. Nesse período, Nery recebeu um salário de R$ 63 mil e participou de decisões significativas em publicidade e patrocínios. Fontes internas sugerem que a nomeação de Nery é uma indicação pessoal de Lula, embora essa informação não tenha sido oficialmente confirmada.

Pelas normas internas da Petrobras, um "substituto eventual" pode ser nomeado para preencher uma vaga temporariamente por até 180 dias. Funcionários da área de comunicação afirmam que Nery já estava, na prática, gerenciando a área desde fevereiro deste ano. A Petrobras confirmou que Nery assumiu a nova função, mas não esclareceu as razões da mudança nem se ele será submetido a uma nova avaliação do comitê de conformidade.

Luis Fernando Nery possui ligações com Wilson Santarosa, que também foi gerente de comunicação da Petrobras de 2003 a 2015, e com a Frente Única dos Petroleiros (FUP). Estas conexões podem ter peso em sua permanência no cargo, embora a Petrobras não tenha feito declarações públicas a esse respeito.

A nomeação levanta questões sobre a conformidade e ética corporativas na estatal. O estatuto da Petrobras proíbe a nomeação para cargos administrativos de indivíduos que tenham cometido faltas graves relacionadas à ética ou que tenham sido alvo de disciplinas consequenciais.

Com informações de O Globo

Fonte: Divulgação