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Assista aos vídeos utilizados pela Polícia Federal para embasar operação contra o ex-presidente Jair Messias Bolsonaro. Ele é acusado de ‘tentativa de golpe de estado.
A gravação está com a PF e é o registro de um encontro no Palácio da Alvorada no dia 5 de julho de 2022. Imagens estavam no computador apreendido de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.
Bolsonaro disse aos ministros que eles não poderiam deixar acontecer o que estava “pintado” e insinuou que a esquerda venceria o pleito mesmo se ele tivesse 80% dos votos.
“Nós sabemos que, se a gente reagir depois das eleições, vai ter um caos no Brasil, vai virar uma grande guerrilha, uma fogueira no Brasil. Agora, alguém tem dúvida que a esquerda, como está indo, vai ganhar as eleições? Não adianta eu ter 80% dos votos. Eles vão ganhar as eleições”, afirmou o ex-presidente.
“Todos aqui têm uma inteligência bem acima da média. Todos aqui, como todo povo ali fora, têm algo a perder. Nós não podemos, pessoal, deixar chegar as eleições e acontecer o que está pintado, está pintado. Eu parei de falar em voto imp… e eleições há umas três semanas. Vocês estão vendo agora que… eu acho que chegaram à conclusão. A gente vai ter que fazer alguma coisa antes”, acrescentou.
Em um momento da reunião, Bolsonaro jogou os óculos na mesa e, irritado, incitou os ministros a reagirem.
“Vocês sabem o que está acontecendo. Achando que esses caras estão de brincadeira? ‘Ah, vamos lá…’ Não estão de brincadeira. O que está em jogo é o bem maior que nós temos e contamos aqui na terra, que é a porra da liberdade. Mais claro, impossível. Nós [inaudível] vamos ter que reagir.”
No vídeo, Bolsonaro também disse que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) errou ao chamar as Forças Armadas para integrar o comitê de transparência eleitoral e questionou a isenção dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).
“O TSE cometeu um erro [inaudível] quando convidou as Forças Armadas para participar da comissão de transparência eleitoral. Cometeu um erro. Eles erraram. Pra nós, foi excelente. Eles se esqueceram que sou o chefe supremo das Forças Armadas?”, perguntou Bolsonaro.
“Alguém acredita em Fachin, Barroso e Alexandre de Moraes? Se acreditar levanta braço? Acredita que são pessoas isentas?”, acrescentou.
O então presidente definiu sua vitória em 2018 como uma “cagada”, ou “cagada do bem”, lembrando que era um deputado federal “fodido” e “escrotizado”:
“Como é que eu ganho uma eleição, um fodido como eu? Deputado do baixo clero, escrotizado dentro da Câmara, sacaneado, gozado, uma porra de um deputado.”