Brasília, DF — Em uma sessão marcada pela tensão e divergências ideológicas, o senador Jorge Seif rompeu com os protocolos parlamentares ao chamar o general depoente de "covarde" na CPI do 8 de janeiro. O senador questionou o general sobre sua decisão de não desmobilizar os acampamentos montados em frente ao Quartel-General, mesmo tendo o poder de fazê-lo.

O general explicou que as pessoas acampadas em frente ao Quartel-General no dia 9 de janeiro foram encaminhadas para triagem, conforme decisão do Supremo Tribunal Federal (STF). Inconformado, Seif interrompeu o depoente e fez uma série de acusações.

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"O senhor é um covarde. E o senhor presta continência para comunista. E o senhor hoje serve a uma ladrão. E o senhor traiu seu povo", disparou Seif, em um momento de elevada carga emocional.

A acidez do discurso de Seif chamou a atenção do presidente da CPI, o deputado Arthur Maia (UNIÃO-BA), que pediu a retirada das ofensas das notas taquigráficas da sessão.

"Senador, vou lhe interromper, é a segunda vez que o senhor ofende o depoente, isso não é razoável", afirmou Maia.

Sem recuar, Seif continuou sua fala. Ele relembrou o 7 de setembro como um marco e afirmou que os militares "por falta de coragem, escolheram o lado errado". O senador alegou ainda que as ações da esquerda deterioraram a imagem dos militares.