Reprodução / Redes sociais
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Manaus, 10 de abril de 2023 - Um ataque no Instituto Adventista de Manaus, localizado no bairro Cachoeirinha, na zona sul de Manaus, ocorreu na tarde desta segunda-feira (10), deixando feridos. Testemunhas relataram que um aluno de 12 anos feriu uma professora e duas colegas de classe com uma faca. O ataque acontece após uma chacina em Blumenau, Santa Catarina, na qual quatro crianças foram assassinadas.
Policiais militares e civis foram acionados e estão no local investigando o ocorrido. Segundo a conselheira tutelar Kiky Anjos, o adolescente que realizou o ataque planejava matar pessoas na escola. Ele foi levado para a DEAAI (Delegacia Especializada em Apuração de Atos Infracionais).
Um aluno identificado como Bruno relatou que o autor do ataque estava na sala de aula quando puxou a faca da bolsa e anunciou: "Olá, querida. Cheguei". Em seguida, o adolescente começou a agredir suas vítimas. Segundo Bruno, duas colegas de classe e uma professora foram feridas pelo adolescente, que utilizou uma faca "cega" no ataque.
Beatriz Souza Lucena, mãe de Bruno, afirmou que o adolescente autor do ataque sofria bullying na escola, através de grupos de WhatsApp. “Eu até tirei meu filho de todos os grupos”, disse ela.
Três pessoas – dois estudantes e uma professora – ficaram levemente feridos no ataque. Várias viaturas de polícia, bombeiros e Samu estiveram presentes no local para atender a ocorrência. De acordo com um bombeiro militar presente, as vítimas sofreram apenas escoriações.
O ataque ocorre em um momento de tensão nas escolas brasileiras, após a chacina em Santa Catarina. Diante disso, o governo do Amazonas e a Prefeitura de Manaus estão buscando implementar medidas para aumentar a sensação de segurança de professores e alunos.
A Secretaria Municipal de Educação (Semed) informou que as 506 unidades de ensino possuem um sistema de câmeras, comandado por um Centro de Operações em Segurança Escolar (Cose). Além disso, há previsão de contratação de 350 agentes de portaria para atuar nas escolas durante os turnos de aula.
A Semed também fez uma parceria com a Secretaria Municipal de Segurança Pública e Defesa Social (Semseg) para que guardas municipais atuem nas escolas em rondas motorizadas. A contratação dos agentes de portaria está em processo de licitação, mas a secretária de educação municipal, Dulce Almeida, adiantou a convocação de 350 profissionais.