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Em um julgamento que durou 12 horas no Tribunal do Júri de Campo Belo do Sul, um pai foi condenado a 18 anos de reclusão pelo homicídio qualificado de sua filha de 17 anos. O julgamento, marcado por forte presença familiar de ambas as partes, aconteceu com a Promotora de Justiça Cassilda Santiago Dalagnollo apresentando as provas que incriminaram o réu. A acusação sustentou que o ato foi um caso de violência doméstica com motivação patrimonial.
No caso, ele teria matado a própria filha para receber a herança.
A condenação se deu por unanimidade, com os jurados aceitando a denúncia do Ministério Público que incluiu três qualificadoras: feminicídio, motivo torpe e emprego de recurso que dificultou a defesa da vítima, além do agravante da relação parental, conforme o Código Penal.
O crime, ocorrido no dia 16 de maio de 2022, na residência da vítima, situada à margem da rodovia SC-390 em Cerro Negro, foi descrito como premeditado, com o réu usando uma arma para disparar fatalmente contra a filha.
As investigações apontaram o interesse do pai nos bens herdados pela filha após a morte da mãe dela em acidente de trânsito.
A sentença foi recebida com alívio pelos familiares maternos da vítima, e a promotora destacou a gravidade do crime cometido por um pai contra a própria filha. O réu foi levado de volta ao Presídio Masculino de Lages, onde cumprirá a pena determinada.