Ministros do governo de Luiz Inácio Lula da Silva têm usado aviões oficiais da Força Aérea Brasileira (FAB) para viagens de fim de semana aos seus estados de origem, de acordo com um levantamento do Metrópoles. O uso frequente das aeronaves da FAB por alguns ministros levanta questões sobre a justificativa desses voos, bem como a prática de usar recursos governamentais para viagens pessoais.

O Ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, encabeça a lista de ministros que mais utilizam os voos da FAB, tendo feito nove viagens de fim de semana para São Luís, Maranhão, onde reside. Desses nove voos, apenas três foram feitos por compromissos oficiais, com os restantes sendo justificados por motivos de segurança.

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Logo atrás de Dino está Luiz Marinho, Ministro do Trabalho e Emprego, que voou oito vezes para São Paulo em aviões da FAB para passar os fins de semana. Marinho, assim como Dino, usou o motivo de segurança para justificar o uso das aeronaves quando não tinha agenda oficial na cidade.

O Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ex-prefeito de São Paulo, também figura na lista de ministros que fazem uso frequente dos voos da FAB. Segundo o relatório, Haddad marcou várias reuniões ou entrevistas na cidade aos fins de semana, permitindo-lhe justificar as viagens.

A Ministra da Saúde, Nísia Trindade, e a Ministra do Turismo, Daniela do Waguinho, também fizeram viagens de fim de semana em aviões da FAB para o Rio de Janeiro, sua cidade natal. Ambas justificaram suas viagens como de serviço, com compromissos marcados.

Os ministérios, em resposta, afirmam que as viagens estão de acordo com a lei, que permite o uso de voos da FAB por ministros para viajar entre Brasília e suas cidades de origem por motivos de segurança. Além disso, a marcação de compromissos nas cidades de origem é uma prática comum que também justifica o uso dos voos.

No entanto, o uso frequente de aviões oficiais para viagens de fim de semana tem o potencial de suscitar um debate sobre a prática e a adequação do uso de recursos públicos para esses fins. A responsabilidade e a transparência no uso de recursos públicos são questões centrais que podem influenciar a confiança pública no governo.