Divulgação / Redes sociais
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Imagine desbloquear uma máquina de snacks ou fazer pagamentos sem precisar de celular, dinheiro ou cartão. Essa ideia, que parece saída de um filme de ficção científica, está se tornando uma realidade com os implantes de chips na pele.
Na Suécia, por exemplo, cerca de 4 mil pessoas já adotaram essa tecnologia em seu dia a dia. No Brasil, embora ainda não seja tão popular, os interessados geralmente importam os chips e procuram estúdios de piercings para realizarem a implantação.
Em 2017, um projeto de lei que visava proibir esses implantes foi aprovado em uma comissão de segurança pública no país, devido às preocupações com o rastreamento dos cidadãos. No entanto, a proposta não avançou e a prática continua disponível para aqueles que desejam experimentar.
Os chips implantados são do tamanho de um grão de arroz e quase imperceptíveis. Embora tragam benefícios de praticidade, como destravar máquinas ou realizar pagamentos com um simples gesto da mão, também levantam questões éticas e de segurança. Além disso, é importante considerar que a implantação desses dispositivos pode gerar reações semelhantes às de um piercing, incluindo infecções.
Embora ainda não seja amplamente adotada em humanos, a implantação de chips já é comum na medicina veterinária. No entanto, é fundamental debater as implicações éticas e garantir a segurança dessas práticas antes que se tornem mais comuns na sociedade.
Juliano Sanches, doutorando em Política Científica e Tecnológica na Unicamp, ressalta a necessidade de discutir essas questões éticas e garantir salvaguardas adequadas.
A tendência de nos tornarmos cada vez mais "ciborgues" e buscar soluções que tornem nosso cotidiano mais eficiente é um tema complexo e fascinante, que certamente continuará a gerar discussões sobre os limites da tecnologia e sua relação com o ser humano.