Mais de 200 pinguins-de-magalhães foram encontrados em praias de SC

Os pinguins-de-Magalhães migram da Patagônia Argentina em direção às praias do Sul e Sudeste do Brasil em busca de águas mais quentes e alimentos

Mais de 200 pinguins-de-magalhães foram encontrados em praias de SC

Divulgação - R3 animal

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Durante a temporada migratória de 2024, Florianópolis viu a chegada de 218 pinguins-de-Magalhães em suas praias. A informação, divulgada pela Associação R3 Animal, abrange o período de janeiro a 24 de junho. Entre esses, apenas 37 pinguins foram encontrados vivos e encaminhados para reabilitação.

O primeiro pinguim da temporada foi avistado em abril na Praia da Joaquina, no Leste da Ilha. Em maio, ocorreram mais dois resgates: um na Praia do Santinho, no Norte da Ilha, e outro na Praia do Morro das Pedras, no Sul. Em junho, a migração atingiu seu pico, resultando no resgate de mais de 200 pinguins. Os pinguins vivos foram levados para o centro de reabilitação da R3 Animal, onde recebem cuidados veterinários até estarem prontos para voltar ao seu habitat natural.

Os pinguins-de-Magalhães migram da Patagônia Argentina em direção às praias do Sul e Sudeste do Brasil em busca de águas mais quentes e alimentos. Essa migração ocorre principalmente entre maio e outubro. A maioria dos pinguins encontrados são juvenis em sua primeira migração, frequentemente desidratados e desnutridos devido à longa jornada. Além dos desafios naturais, eles enfrentam ameaças humanas, como a captura acidental em redes de pesca, anzóis e poluição marinha.

Sandro Sandri, veterinário do PMP-BS/R3 Animal, explica que é comum encontrar pinguins juvenis debilitados ou mortos nesta época do ano. "A interação com a pesca não é natural: eles seguem os cardumes pescados, se enredam nas redes e acabam se afogando", comenta Sandri.

Um dos resgates notáveis deste ano ocorreu em 18 de junho, quando um pinguim foi encontrado na praia Pântano do Sul com um anzol preso ao bico. Um banhista avistou o animal debilitado e acionou o resgate. Segundo a equipe veterinária do PMP/R3 Animal, o pinguim sangrou por dois dias, mas o ferimento estancou e ele agora está em recuperação com boas perspectivas. "Ele teve sorte porque não engoliu o anzol, ficou apenas cravado no bico", informa Sandro. Com informações NSC Total.